terça-feira, 7 de fevereiro de 2012


"A Igreja precisa de uma reforma urgente", afirma jesuíta egípcio em carta dirigida a Bento XVI
O jesuíta egípcio mais destacado nos âmbitos eclesial e intelectual, Henri Boulad, lança um SOS para a Igreja de hoje em uma carta dirigida a Bento XVI. A carta foi transmitida através da Nunciatura no Cairo. O texto circula em meios eclesiais de todo o mundo.
Henri Boulad é autor de Deus e o mistério do tempo (Loyola, 2006) e O homem diante da liberdade (Loyola, 1994), entre outros.
Santo Padre:
Atrevo-me a dirigir-me diretamente a Você, pois meu coração sangra ao ver o abismo em que a nossa Igreja está se precipitando. Saberá desculpar a minha franqueza filial, inspirada simultaneamente pela “liberdade dos filhos de Deus” a que São Paulo nos convida e pelo amor apaixonado à Igreja.
Agradecer-lhe-ei também que saiba desculpar o tom alarmista desta carta, pois creio que “são menos cinco” e que a situação não pode esperar mais.
Permite-me, em primeiro lugar, apresentar-me. Sou jesuíta egípcio-libanês do rito melquita e logo farei 78 anos. Há três anos sou reitor do Colégio dos jesuítas no Cairo, após ter desempenhado os seguintes cargos: superior dos jesuítas em Alexandria, superior regional dos jesuítas do Egito, professor de Teologia no Cairo, diretor da Cáritas-Egito e vice-presidente da Cáritas Internacional para o Oriente Médio e a África do Norte.
Conheço muito bem a hierarquia católica do Egito por ter participado durante muitos anos de suas reuniões como Presidente dos Superiores Religiosos de Institutos no Egito. Tenho relações muito próximas com cada um deles, alguns dos quais são ex-alunos meus. Por outro lado, conheço pessoalmente o Papa Chenouda III, que via com frequência. Quanto à hierarquia católica da Europa, tive a ocasião de me encontrar pessoalmente muitas vezes com alguns de seus membros, como o cardeal Koening, o cardeal Schönborn, o cardeal Martini, o cardeal Daneels, o arcebispo Kothgasser, os bispos diocesanos Kapellari e Küng, os demais bispos austríacos e outros bispos de outros países europeus. Estes encontros se produzem por ocasião das minhas viagens anuais para dar conferências pela Europa: Áustria, Alemanha, Suíça, Hungria, França, Bélgica... Nestas ocasiões me dirijo a auditórios muito diversos e à mà ­dia (jornais, rádios, televisões...). Faço o mesmo no Egito e no Oriente Próximo.
Visitei cerca de 50 países nos quatro continentes e publiquei cerca de 30 livros em aproximadamente 15 línguas, sobretudo em francês, árabe, húngaro e alemão. Dos 13 livros nesta língua, talvez Você tenha lido Gottessöhne, Gottestöchter (Filhos, filhas de Deus), que o seu amigo o Pe. Erich Fink, da Baviera, lhe fez chegar em suas mãos.
Não digo isto para me vangloriar, mas para lhe dizer simplesmente que as minhas intenções se fundam em um conhecimento real da Igreja universal e de sua situação atual, em 2009.
Volto ao motivo desta carta e tentarei ser o mais breve, claro e objetivo possível. Em primeiro lugar, algumas constatações (a lista não é exclusiva):
1. A prática religiosa está em constante declive. Um número cada vez mais reduzido de pessoas da terceira idade, que desaparecerão logo, são as que frequentam as igrejas da Europa e do Canadá. Não resta outro remédio senão fechar estas igrejas ou transformá-las em museus, mesquitas, clubes ou bibliotecas municipais, como já se está fazendo. O que me surpreende é que muitas delas estão sendo completamente reformadas e modernizadas mediante grandes gastos com a ideia de atrair os fiéis. Mas não será suficiente para frear o êxodo.
2. Seminários e noviciados se esvaziam no mesmo ritmo, e as vocações caem vertiginosamente. O futuro é sombrio e há quem se pergunte quem irá substituir os sacerdotes. Cada vez mais paróquias europeias estão a cargo de sacerdotes da Ásia ou da África.
3. Muitos sacerdotes abandonam o sacerdócio e os poucos que ainda o exercem – cuja idade média ultrapassa muitas vezes a da aposentadoria – têm que se encarregar de muitas paróquias, de modo expeditivo e administrativo. Muitos deles, tanto na Europa como no Terceiro Mundo, vivem em concubinato à vista de seus fiéis, que normalmente os aceitam, e de seu bispo, que não pode aceitá-lo, mas que tem em conta a escassez de sacerdotes.
4. A linguagem da Igreja é obsoleta, anacrônica, chata, repetitiva, moralizante, totalmente desadaptada à nossa época. Não se trata em absoluto de acomodar-se nem de fazer demagogia, pois a mensagem do Evangelho deve ser apresentada em toda a sua crueza e exigência. Seria preciso antes promover essa “nova evangelização”, a que nos convidava João Paulo II. Mas esta, ao contrário do que muitos pensam, não consiste em absoluto em repetir a antiga, que já não diz mais nada, mas em inovar, inventar uma nova linguagem que expresse a fé de modo apropriado e que tenha significado para o homem de hoje.
5. Isto não poderá ser feito senão mediante uma renovação em profundidade da teologia e da catequese, que deveriam ser repensadas e reformuladas totalmente. Um sacerdote e religioso alemão que encontrei recentemente me dizia que a palavra “mística” não é mencionada uma única vez no Novo Catecismo. Não podia acreditar nisso. Temos de constatar que a nossa fé é muito cerebral, abstrata, dogmática e se dirige muito pouco ao coração e ao corpo.
6. Em consequência, um grande número de cristãos se volta para as religiões da Ásia, as seitas, a nova era, as igrejas evangélicas, o ocultismo, etc. Não é de estranhar. Vão buscar em outros lugares o alimento que não encontram em casa, têm a impressão de que lhes damos pedras como se fossem pão. A fé cristã, que em outro tempo outorgava sentido à vida das pessoas, é para elas hoje um enigma, restos de um passado que acabou.
7. No plano moral e ético, os ditames do Magistério, repetidos à saciedade, sobre o matrimônio, a contracepção, o aborto, a eutanásia, a homossexualidade, o matrimônio dos sacerdotes, as segundas uniões, etc., já não dizem mais nada a ninguém e produzem apenas desleixo e indiferença. Todos estes problemas morais e pastorais merecem algo mais que declarações categóricas. Necessitam de um tratamento pastoral, sociológico, psicológico e humano... em uma linha mais evangélica.
8. A Igreja católica, que foi a grande educadora da Europa durante séculos, parece esquecer que a Europa chegou à sua maturidade. A nossa Europa adulta não quer ser tratada como menor de idade. O estilo paternalista de uma Igreja “Mater et Magistra” está definitivamente defasada e já não serve mais. Os cristãos aprenderam a pensar por si mesmos e não estão dispostos a engolir qualquer coisa.
9. Os países mais católicos de antes – a França, “primogênita da Igreja”, ou o Canadá francês ultra-católico – deram uma guinada de 180º e caíram no ateísmo, no anticlericalismo, no agnosticismo, na indiferença. No caso de outros países europeus, o processo está em marcha. Pode-se constatar que quanto mais dominado e protegido pela Igreja esteve um povo no passado, mais forte é a reação contra ela.
10. O diálogo com as outras igrejas e religiões está em preocupante retrocesso hoje. Os grandes progressos realizados há meio século estão sob suspeita neste momento.
Diante desta constatação quase demolidora, a reação da igreja é dupla:
– Tende a minimizar a gravidade da situação e a consolar-se constatando certo dinamismo em sua facção mais tradicional e nos países do Terceiro Mundo.
– Apela para a confiança no Senhor, que a sustentou durante 20 séculos e será capaz de ajudá-la a superar esta nova crise, como o fez nas precedentes. Por acaso, não tem promessas de vida eterna?
A isto respondo:
– Não é apoiando-se no passado nem recolhendo suas migalhas que se resolverão os problemas de hoje e de amanhã.
– A aparente vitalidade das Igrejas do Terceiro Mundo é equívoca. Segundo parece, estas novas Igrejas, mais cedo ou mais tarde, atravessarão as mesmas crises que a velha cristandade europeia conheceu.
– A Modernidade é irreversível, e é por ter esquecido isso que a Igreja já se encontra hoje em semelhante crise. O Vaticano II tentou recuperar quatro séculos de atraso, mas tem-se a impressão de que a Igreja está fechando lentamente as portas que se abriram então, e é tentada a voltar para Trento e o Vaticano I, mais que voltar-se para o Vaticano III. Recordemos a declaração de João Paulo II tantas vezes repetida: “Não há alternativa para o Vaticano II”.
– Até quando continuaremos jogando a política do avestruz e a esconder a cabeça na areia? Até quando evitaremos olhar as coisas de frente? Até quando seguiremos dando as costas, encrespando-nos contra toda crítica, em vez de ver ali uma oportunidade de renovação? Até quando continuaremos postergando ad calendas graecas uma reforma que se impõe e que foi abandonada durante muito tempo?
– Somente olhando decididamente para frente e não para trás a Igreja cumprirá sua missão de ser “luz do mundo, sal da terra e fermento na massa”. Entretanto, o que infelizmente constatamos hoje é que a Igreja está no final da fila da nossa época, depois de ter sido a locomotiva durante séculos.
– Repito o que dizia no começo desta carta: “São menos cinco” – fünf vor zwölf! A História não espera, sobretudo em nossa época, em que o ritmo se embala e se acelera.
– Qualquer operação comercial que constata um déficit ou disfunção se reconsidera imediatamente, reúne especialistas, procura recuperar-se, mobiliza todas as suas energias para superar a crise.
– Por que a Igreja não faz algo semelhante? Por que não mobiliza todas as suas forças vivas para um aggiornamento radical? Por quê?
– Por preguiça, desleixo, orgulho, falta de imaginação, de criativadade, omissão culpável, na esperança de que o Senhor as resolverá e que a Igreja conheceu outras crises no passado?
– Cristo, no Evangelho, nos alerta: “Os filhos das trevas são mais espertos que os filhos da luz...”.
Então, o que fazer? A Igreja tem hoje uma necessidade imperiosa e urgente de uma tripla reforma:
1. Uma reforma teológica e catequética para repensar a fé e reformulá-la de modo coerente para os nossos contemporâneos.
Uma fé que já não significa nada, que não dá sentido à existência, não é mais que um adorno, uma superestrutura inútil que cai por si mesma. É o caso atual.
2. Uma reforma pastoral para repensar de cabo a rabo as estruturas herdadas do passado.
3. Uma reforma espiritual para revitalizar a mística e repensar os sacramentos com vistas a dar-lhes uma dimensão existencial e articulá-los com a vida.
Teria muito a dizer sobre isto. A Igreja de hoje é muito formal, muito formalista. Tem-se a impressão de que a instituição asfixia o carisma e que o que em última instância conta é uma estabilidade puramente exterior, uma honestidade superficial, certa fachada. Não corremos o risco de que um dia Jesus nos trate de “sepulcros caiados”?
Para terminar, sugiro a convocação de um Sínodo geral a nível da Igreja universal, do qual participarão todos os cristãos – católicos e outros – para examinar com toda franqueza e clareza os pontos assinalados anteriormente e os que forem propostos. Este Sínodo, que duraria três anos, terminaria com uma Assembleia Geral – evitemos o termo “concílio” – que sintetizasse os resultados desta pesquisa e tirasse daí as conclusões.
Termino, Santo Padre, pedindo-lhe perdão pela minha franqueza e audácia e solicito a vossa paternal bênção. Permita-me também dizer-lhe que vivo estes dias em sua companhia, graças ao seu extraordinário livro Jesus de Nazaré, que é objeto da minha leitura espiritual e de meditação cotidiana.
Seu afetíssimo no Senhor,
Pe. Henri Boulad, SJ
henrioulad@yahoo.com

terça-feira, 31 de maio de 2011

Sinais contemporâneos da manifestação do Espírito Santo de Deus, no MCC de Guará: “Perseverar é preciso”


Certa vez, num determinado Cursilho, apareceu um irmão muito especial...
Esse irmão, apesar das suas restrições físicas (ele não possui movimento  nas pernas e no braço direito), ele tinha o dom da “mansidão e domínio de si”.
Mostrando uma Fé e Espiritualidade muito fortes, ele contagiou a todos os que compartilharam com ele daqueles momentos de retiro.  
E nessa intimidade com Deus ele revelou que um de seus sonhos era obter uma cadeira motorizada para facilitar a sua locomoção no seu dia a dia...
Desse seu desejo, surgiu uma enorme vontade em certos Cursilhistas (e esses, por certo, tocados por Deus) de ajudar a concretizar esse sonho. Nesse momento um olhou para o outro, o outro para o outro, e, praticamente nenhuma palavra foi necessária ser dita para que todos se comprometessem com aquele gesto de pura solidariedade.
Porém, o Cursilho acabou, e, naturalmente, era de se supor que essa ação começasse a correr riscos de não se realizar, posto que cada qual tomaria o seu rumo...
Nada disso. Não se passaram duas semanas e um irmão, que nem era assim tão próximo do grupo que se inflamou com a causa, liga e comunica que em contato com uma entidade que tomou conhecimento, talvez tivesse conseguido o primeiro sinal de que o sonho de fato poderia se realizar. Mas ainda faltavam as medidas do irmão, pois esses veículos são personalizados. E, não é que um outro irmão, em um passeio de fim de semana, fora abordado pela terapeuta ocupacional dele, que por acaso (ou providência) era namorada de seu primo... Problema resolvido! Além das medidas, várias outras informações bastante relevantes, foram passadas para a fabricação da cadeira.
Pois bem, foi autorizada a compra da cadeira e  2 semanas depois ela chegava em Taubaté para ser retirada.
E chegava exatamente na semana em que este irmão fazia aniversário (coincidência, ou providência?). Sendo assim, um outro irmão se dispôs a ir buscar a cadeira, porém, no momento de se documentar a retirada, já em Taubaté, se deu conta de que não possuía qualquer documento do irmão cadeirante... E, tentando contactar algum dos irmãos que pudessem auxiliá-lo, um deles lembrou que ele próprio deveria ter esses dados em seu computador pessoal, pois tinha sido secretário nesse último Cursilho. E não é que ele havia esquecido o computador dentro do carro! (mais uma vez coincidência, ou providência?)
Tudo certo então, 2 dias antes do aniversário.
E para a entrega da cadeira, no dia do aniversário, lá estavam alguns dos que testemunharam essa ação do Espírito Santo, onde após o terço e a surpresa do presente, a resposta de Deus no Evangelho do dia, que dizia:

 “Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e para que produzais fruto e o vosso fruto permaneça.
O que, então, pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo concederá.”

sexta-feira, 11 de março de 2011

“PESSOA COMPROMETIDA”

Quando perguntamos a qualquer empresário, gerente, supervisor, professor ou outras pessoas em geral sobre o que elas sentem falta nas pessoas de seu relacionamento, a resposta é sempre a mesma:


“GOSTARIA QUE AS PESSOAS FOSSEM MAIS COMPROMETIDAS”.

Mas, afinal, o que é, de fato “ser uma pessoa comprometida”?

Uma pessoa comprometida faz tudo com atenção aos detalhes. Ela fica atenta a tudo, procurando fazer sempre o melhor...

Uma pessoa comprometida termina o que começa, não deixando seus deveres pela metade...

Uma pessoa comprometida quando tem uma tarefa a cumprir, vem com soluções e não trazendo mais problemas...

Uma pessoa comprometida pergunta sempre o que não sabe e sempre demonstra interesse em aprender. Ela se aprofunda até dominar aquilo que desconhece...


Uma pessoa comprometida cumpre prazos e horários e não deixa os outros esperando...


Uma pessoa comprometida não vive dando desculpas por seus atos e nem procura culpados pelos erros cometidos...


Uma pessoa comprometida não fica reclamando da vida e muito menos de seu ambiente de trabalho e de pessoas. Ela age para modificar e melhorara realidade...


Uma pessoa comprometida não desiste facilmente. Ela não descansa enquanto não vê o problema resolvido. Os obstáculos não a impedem que vá atrás da solução...


Uma pessoa comprometida está sempre pronta a colaborar. Ela participa, dá idéias e faz sempre mais do que esperam dela.

PENSEM, SERÁ QUE SOMOS COMPROMETIDOS...


Texto gentilmente enviado pelo Sr. Mazzella

Relacionamentos

RELACIONAMENTOS


Depois de muito meditar sobre o assunto concluí que, os casamentos (relacionamentos) são de dois tipos: Há os casamentos do tipo tênis e há os casamentos do tipo frescobol.


Os casamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos e terminam sempre mal. Os casamentos do tipo frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de ter vida longa.


Explico-me.


Para começar, uma afirmação de Nietzsche com a qual concordo inteiramente.


Dizia ele: “Ao pensar sobre a possibilidade do casamento, cada um deveria se fazer a seguinte pergunta: Você crê que seria, capaz de conversar com prazer com esta pessoa até sua velhice”?


Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar.


Sheerazade sabia disso. Sabia que os casamentos baseados nos prazeres da cama são sempre decapitados pela manhã, terminam em separação, pois os prazeres do sexo se esgotam rapidamente, terminam na morte, como no filme “O Império dos Sentidos”.


Por isso, quando o sexo já estava morto na cama e o amor não mais se podia dizer através dele, ela o ressuscitava pela magia da palavra: começava uma longa conversa sem fim, que deveria durar mil e uma noites.


O sultão se calava e escutava as suas palavras como se fosse música.


A música dos sons ou da palavra - é a sexualidade sob a forma da eternidade: é o amor que ressuscita sempre, depois de morrer.


Há os carinhos que se fazem com o corpo e há os carinhos que se fazem com as palavras. E contrariamente ao que pensam os amantes inexperientes, fazer carinho com as palavras não é ficar repetindo o tempo todo: ”Eu te amo...”


Barthes advertia: “Passada a primeira confissão, “eu te amo” não quer dizer mais nada. É na conversa que o nosso verdadeiro corpo se mostra, não em sua nudez anatômica, mas em sua nudez poética”.


Recordo a sabedoria de Adélia Prado: “Erótica é a alma”.


O tênis é um jogo feroz. O seu objetivo é derrotar o adversário. E a sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola.


Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário, e é justamente para aí que ele vai dirigir sua “cortada”, palavra muito sugestiva, que indica o seu objetivo sádico, que é o de cortar, interromper, derrotar.


O prazer do tênis se encontra, portanto, justamente no momento em que o jogo não pode mais continuar porque o adversário foi colocado fora de jogo.


Termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro.


O frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca.


Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la.


Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado. Aqui, ou os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra, pois o que se deseja é que ninguém erre. E o que errou pede desculpas, e o que provocou o erro se sente culpado. Mas não tem importância: começa-se de novo este delicioso jogo em que ninguém marca pontos...


A bola: são nossas fantasias, irrealidades, sonhos sob a forma de palavras.


Conversar é ficar batendo sonho prá lá, sonho prá cá...


Mas há casais que jogam com os sonhos como se jogassem tênis. Ficam à espera do momento certo para a cortada.


Tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo, como bolha de sabão...


O que se busca é ter razão e o que se ganha é o distanciamento.


Aqui, quem ganha sempre perde.


Já no frescobol é diferente: o sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração.


O bom ouvinte é aquele que, ao falar, abre espaços para que as bolhas de sabão do outro voem livres. Bola vai, bola vem - cresce o amor...


Ninguém ganha para que os dois ganhem. E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim...


RUBEM ALVES

Texto gentilmente enviado pelo Sr. Mazzella

Pense nisso


Texto gentilmente enviado pelo Sr. Mazzella

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Sobre o Matrimônio....

Palavras de JESUS, o DEUS que se fez Homem! (Evangelho de ontem, dia 9/fevereiro)


MARCOS 7



Jesus chamou outra vez a multidão e disse:

- O que sai da pessoa é o que a faz ficar impura. Porque é de dentro, do coração, que vêm os maus pensamentos, a imoralidade sexual, os roubos, os crimes de morte, os adultérios, a avareza, as maldades, as mentiras, as imoralidades, a inveja, a calúnia, o orgulho e o falar e agir sem pensar nas conseqüências. Tudo isso vem de dentro e faz com que as pessoas fiquem impuras.

Palavras do Pe. Léo, Um Homem de DEUS!

Um ídolo terrível que mina o matrimônio de dentro para fora - é o prazer.
Imagine o que é o ídolo do prazer quando fundamentado no ídolo do ter e do poder: – (o egoísmo) é o meu prazer!
É terrível ver os estragos, as desgraças que o demônio está fazendo no campo da sexualidade.
Pelos órgãos genitais, (gêneses, que quer dizer vida, sagrado), o ser humano é chamado a participar com Deus da criação da Vida, a reproduzir Deus!
O demônio quer colocar a mão dele exatamente ali, para aporcalhar a sexualidade, aporcalhar a genitalidade,
e também por isso aqueles apelidos horrorosos que não dá de pronunciar de tão feio e pavoroso que é.
Então você passa a ter uma mentalidade aporcalhada, e começa com a nossas crianças, nossos idosos que
sofrem as marcas sujas, medonhas, prostituídas que o demônio consegue colocar dentro de nós.
Os santos que tiveram a graça de verem o céu e o inferno, afirmam nas suas memórias que as almas
mais deformadas, mais terríveis do inferno, foram almas de pessoas carcomidas pelo pecado da prostituição e da pornografia.
Por que são tão graves os pecados ligados a sexualidade? Porque o demônio consegue colocar a mão dele
exatamente naquilo que o ser humano é chamado a ser parceiro de Deus. É sacramento. O marido e a mulher
quando se unem numa relação íntima, estão reproduzindo Deus no próprio ato, mesmo que esse ato pela idade,
pelo ciclo, etc., não venham ter filho, eles estão reproduzindo Deus nessa união, uma união que cura, por ser um grande momento.
É difícil saber que casais vão para o computador e ficam visitando sites pornográficos.
Na Inglaterra tem um levantamento recente de que 30% daqueles casais que pediram o divórcio nos últimos tempos colocam como causa a internet por estarem viciados em pornografia na rede. Veja o que o ser humano é capaz. Por quê?
A imagem entra no seu olho e oferece um vício, do mesmo jeito que se vicia em droga, do mesmo jeito que se
vicia em maconha, em cocaína em álcool em cigarro. Muito pior ainda, porque é por dentro, o corpo torna-se o desencadeador.
O inconsciente não sabe a diferença de algo real e imaginário. Para o inconsciente se aquilo é algo que está
na revista, no filme, e você fez ou viu, não muda nada.
Por isso que a criança carrega traumas. Mais uma coisa que o inconsciente não tem domínio é do tempo:
- passado e presente, pra ele é tudo uma coisa só, então quando a pessoa começa ver revistas pornográficas
e eróticas, quando começa a ver imagem dessas na internet, aquilo entra pela vista e vai para o inconsciente e ali fica gravado.
Então começa o processo vicioso, eu sinto a vontade de ver novamente, e com isso vou alimentando o vício porque de fato ele se torna um vicio uma necessidade, e sentindo a necessidade de ver novas imagens é o que acontece com outros vícios, a pessoa precisa ir aumentando a dose, daí ela vai querendo ver novas fotos e depois fotos animadas e passa para os filmes. No começo são filmes eróticos ou filmes de amor, bonitos que falam da sexualidade de um jeito suave, depois precisa ver pornografia, aberração e como o inconsciente não sabe discernir o real do imaginário aquilo que ele vê ele começa ter a necessidade de satisfazer aquelas aberrações sexuais, que tem levado tantas pessoas pro inferno já em vida.
E quantas e quantas pessoas já entram nisso?
O drama da pedofilia que a impressa nos traz, das trocas de casais, do sexo chamado livre das variações e aberrações sexuais, veja o que o demônio consegue fazer? Transformar o carimbo humano da graça de Deus numa fonte de desgraça.
Temos e devemos pedir a Deus pra que nos dê a graça de redescobrirmos e de percebermos que a sexualidade e o matrimônio é sagrado, é santo. Nós iremos salvar nossos filhos salvando a nossa sexualidade, nossa afetividade desses estragos que o demônio fez.
Pe. Léo
Obs.: Texto para ser divulgado entre os seus contatos... Você pode estar salvando uma família. É a consciência e o conhecimento que nos dão a sustentação para evitarmos o erro. "A VERDADE VOS LIBERTÁRÁ, DISSE JESUS!"

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A gaiola


Outro dia estive na casa de uma família amiga e vi que eles possuíam um lindo pássaro na gaiola, cujo canto tornava o ambiente repleto de uma presente alegria... Embora o canto viesse de um pássaro preso!


Confinado... Longe da natureza da qual um dia ele perdeu o direito de nela viver... Prisioneiro em uma gaiola!

Mas o que me fez pensar poeticamente é que o pássaro embora preso cantasse! Esta na sua essência cantar! É de sua natureza cantar... E nada ou ninguém, situação ou circunstância que lhe impedirão de cantar...

Então pensei comigo que nós seres humanos tão habilitados nos indispomos por poucas coisas, fatos, situações ou pessoas... Amargamos facilmente, azedamos com certa naturalidade, por pouca coisa fazemos tempestade em um copo de água!

CHEGA!

Eu quero seguir o exemplo dos pássaros presos... Mesmo em situação tão adversa e perpetua, continuar cantando!

Um pequeno pássaro pode nos ensinar uma GRANDIOSA LIÇÃO:

DEUS nos deu capacidade de passarmos pelos vales tenebrosos da vida sem perdemos a nossa essência, pois Ele jamais nos faltará com a sua DIVINA PROVIDÊNCIA, pois somos seus filhos e filhas AMADOS INCONDICIONALMENTE!

Pe. Peixoto