quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Adultério: falseando as nossas crenças mais profundas.

Em um belo dia de domingo, estava na varanda de minha casa, quando vi um simpático casal de idosos meus vizinhos saindo de sua casa de braços dados e dialogando. Não contive minha curiosidade e após lhes desejar um bom domingo, perguntei-lhes onde pretendiam ir? Eles com um semblante tranqüilo responderam que iriam a igreja participar da missa dominical. Desejei-lhes uma boa cerimônia, enquanto eles se afastavam enganchados feito um casal enamorado.
Fiquei muito encantado com tal acontecimento e acabei por mergulhar em meus pensamentos e este mergulho me fez levantar alguns questionamentos que gostaria de partilhar com os leitores.
Porque poucos casais conseguem tal feito?
O que faz com que cada vez mais os casais se separem e o que é pior cometam o adultério?
Para continuar esta reflexão e responder essas questões, primeiro precisamos mergulhar no significado da palavra adulterar que tem como significado falsificar, corromper, cometer adultério. Desta maneira podemos chegar à conclusão de que quem esta em adultério esta falsificando e corrompendo sua própria relação, vivendo em uma mentira justificada pela modernidade, sim porque os meios de comunicação modernos apregoam esta prática como algo natural e verdadeiro, mas, não é, pois se algo é falsificado perde seu caráter de verdadeiro e o falseador vive da sua própria mentira.
A meu ver a pratica do adultério é algo tão tolo por parte de quem comete, porque a justificativa do adultério é debruçada sobre o outro: O outro não me entende, o outro não me valoriza, o outro não me faz feliz, o outro, o outro e o outro, sempre o outro. E você, que parcela tem nisso? Toda! Pois quem vive em adultério assume a natureza corrompida, pois "O que Deus uniu o homem não separa”. Em linhas gerais viver em adultério é quebrar a aliança com o próprio Deus.
Não é a psicologia, a antropologia, ou a filosofia quem designa esta aliança, é a opção de ser um autentico cristão que determinará quem quer viver no cristo.
Sei que muitos, cometem adultério por diversas vezes, por se sentirem infelizes no seu relacionamento, mas quem garante que um relacionamento é construído só com episódios bons. Com certeza o casal que citei no começo deste artigo viveu experiências doloridas, no entanto dialogaram e colocaram seus princípios éticos e cristãos em pauta. Viver com o outro, certamente não é fácil, afinal os pensamentos por vezes serão desencontrados, mas se você optou por dizer sim diante de Deus, não pode viver segundo os meios modernos de comunicação que pregam uma liberdade enviesada, onde as liberdades dos nossos atos nos aprisionam em nossa culpa.
Infelizmente muitas pessoas em busca da liberdade e felicidade, se aprisionam em sua culpa quando elegem um amante para substituir seu esposo(a) e sua família. É quase certo que esta substituição não surtirá efeito, pois a família é o esteio de uma construção, que se ergue em meio a tantas adversidades impostas pela vida. Desta forma chego à conclusão


que para viver um verdadeiro casamento, precisamos abrir mão de prazeres fúteis, pois um casamento não se constrói apenas em uma cama rodeada de prazer, mas sim na partilha entre os entes que se amam por inteiro e no desejo de construir ainda que nas adversidades.
Acredito ser de vital importância antes de fechar este texto, esclarecer que não quero com esta reflexão me tornar um inquisidor ou juiz de adúltero(a)s. pois nem o próprio Jesus a condenou ao deparar-se com ela; Ao contrario ele lançou o desafio “ Quem não pecou que atire a primeira pedra”. Porém após este feito disse a ela “Eles não te condenaram, Eu também não a condeno, porém vá e não peques mais”. Entendo com esta ultima analise, que o que é solicitado é apenas uma escolha. Após esta reflexão deixo-lhes uma pergunta. Você quer viver em Cristo?


João Bosco Tavares de Lima
Psicólogo